Visual da primavera portenha

Por aqui, o ar primaveril ainda está solto e as flores abundam pelas ruas da cidade.

Sem neve, o que fazer?

Eu, como 99% dos brasileiros, achava que Bariloche fora da estação da neve não tinha nada pra fazer. Ledo engano! Fora do inverno, os Europeus e os Argentinos estão por lá, curtindo o clima ameno, fazendo esportes de aventura, desfrutando do verde das montanhas e das flores, que só aparecem quando o frio não aperta.

O treking na base do Cerro Tronador é uma opção para os mais radicais. O canoppy é interessante para quem gosta de tirolesa. Tem cavalgadas e passeios de barco pelos lagos, desde as opções mais tradicionais, até a possibilidadede alugar um barquinho só pra você para ir pescar.

Não falta o que fazer.

San Martin de Los Andes

A cidade é um capítulo à parte. Pequena, charmosa, romântica, arborizada, prédios TOTALMENE de acordo com o lugar. É também para relaxar e ficar. Tem várias hosterias por lá. Ficamos na La Valquíria, em quarto com dois andares. Há diversas opções e se está indo na baixa temporada, vale ir e escolher lá mesmo a que mais se agrada com você. A cidade também tem informação turística e conta com um sistema interessante. Tem um painel com o nome dos mais importantes hotéis e hosteriais e com as tarifas ao lado. Otimiza o tempo de escolha.

Come-se bem por lá também. O chocolate quente da Abuela Goye é maravilhoso é a cafeteria é um charme. Em Bariloche tem dela também, mas o charme da se San Martin é bem superior.

Vale jantar no restaurante Dona Quela, que fica em um prédio declarado patrimônio histórico da cidade (reservar antes: 420670) ou provar o encanto do La Tasca (que também tem uma decoração muito peculiar.

As fotos são do chocolate quente da Abuela Goye e do ambiente do La Tasca.

Alugar carro?

Também não sabia se era uma boa, mas chegando lá constatei que pode ser uma ótima, especialmente para qem não gosta de encarar os passeios em cima de ônibus lotados de turistas e que, algumas vezes, param em locais que não têm nada a ver com você.

De carro se vai até Villa Angostura apreciando calmamente a paisagem. Para na cidade o tempo que quiser, vai até o lago e dá pra passear de barco, caso queira. Depois, segue viagem para San Martin de los Andes pelo sete lagos. Para onde quiser parar e, chegando em San Martin, caso se apaixone pela cidade (o que aconteceu conosco), fica-se por lá, sentindo a calma e a beleza do lugar e provando os chocolates quentes das cafeterias charmosas.

Além disso, dá pra ir até El Bolson e conferir a feira que acontece nas quintas e nos sábados, comprar geléias frescas, provar cervejas caseiras.

Vale a dica.

Comendo na Patagônia

A melhor coisa que fizemos quando chegamos por lá foi ir até o centro de informação turística da cidade e pedimos para a pessoa que nos atendeu indicar-nos um lugar fora do roteiro turístico da cidade. Fomos até a Fonda del tio que, infelizmente, estava fechado para reforma. O dono, muito amável, estava na frente e nos levou até o La Viscacha. Um lugar típico argentino, simples, mas com comida maravilhosa. A pasta é uma delícia (caseira) e as carnes são maravilhosas. A truta também é uma delícia.

Para quem gosa de comidinha mais leve, feita com carinho pelo dono do lugar, não é pra deixar de ir no Covita. Fica em frente à cadetral e come-se muito bem.

O Kandahar é outra opção imperdível. Localizado em frente à praça Saavedra. A cozina é divina, a decoração charmosíssima e a comida é pra rezar! O restaurante fica na casa da dona que colocou o nome do lugar em homenagem a uma competição de ski famosa na região, da qual ela foi campeã várias vezes. A truta com molho de limão não dá pra errar.

O Naan é outra jóia. Também localizado na casa dos donos e atendidos por eles próprios. Ali se prova pratos vietnamitas, gregos, áabes, argentinos e etc. A vista é linda. Fica na calle Campichuelo próximo à esquina da calle Begrano. A localização é melhor bairro é residencial de Bariloche e dá pra ver o charme das casas do lugar.

A foto acima é da truta com molho de limão do Kandahar. Um néctar!

Por onde ficar

Para quem foge do modelo pacotão turístico, dá pra ir pra Bariloche e escolher o tipo de lugar que melhor se ajusta às suas preferências:

* Na categoria cinco estrelas, o Llao Llao é sempre lembrado e tem que ser. O hotel é um charme, tem um jardim incrível, uma vista pro lago linda e um serviço impecável. O hotel fica uns 25 Km do centro da cidade, mas pra quem está com carro alugado, não há problema. A estradinha é linda, tem vários restaurantes no caminho e todo o percurso é rodeando o lado;

* Para quem viaja com muita gente ou com família, há infinitas opções de Bungalows para serem alugados. O Villa Huinid é um Hotel onde tem a opçõa de hospedagem em Bungalows com toda estrutura (cozinha, lareira, churrasqueira e varanda), e ainda conta com a estrutura do Hotel, que tme um café da manhã maravilhoso e um serviço muito gentil. A localização é ótima (2,5Km do centro).

* Pousadas charmosas: as pousadas por aqui são chamadas Hosterias. E tem várias por lá. Três me chamaram a atenção: Hosteria Tirol (Fica na cidade, em frente ao lago, com quartos charmosos). Lembrar de pedir o quarto que dá vista ao lago. Hosteria del lago (fica há uns 4km do centro). IDeal ara qum quer relaxar. A outra é a Hosteria Las Amapolas. Fica perto d cntro também e é charmosinha.

* Hotel tradicional: O Cacique inacayal é maravilhoso. A vista é linda, fica próximo ao centro cívico e tem maravilhosas instalações (www. hotelinacayal.com.ar).

* Econômico e limpo: para quem não busca charme, mas gosta de lugares limpos e perto do buchicho, o Crans montana é uma boa opção (http://www.hotelcrans-montana.com.ar/).

A foto ao lado é do Llao Llao. Quem não ficar por lá, vale uma visita nem que seja para provar as tortas deliciosas do chá da tarde. Recomenda-se telefonar antes para reservar.

Bariloche sem neve

Não vou mentir que sempre tive preconceito com Bariloche. Mas o fato é que tive que me render e, depois de oito dias na região, tenho que admitir que o lugar é liiiiiiindo mesmo! O lago dá um charme danado, as montanhas com neve só no topo e as flores fazem do lugar uma benção da natureza. Além disso, come-se muito bem e há infinitas opções de hospedagem. Adorei.